Vivemos numa época específica de mudança de mentalidade e de paradigma. Valores como a cooperação, a interdisciplinaridade, emergem como atuais, necessários e urgentes. A Filosofia entra em diálogo com os outros saberes, como os profissionais ligados à Filosofia devem entrar em diálogo com a maior diversidade possível de ideias e abordagens do real. 

O modelo da especialização do século passado afunilou horizontes e conduziu a uma visão parcelar e incompleta da realidade e do ser humano. Recuperando o seu estatuto de "mãe de todas as ciências" a Filosofia deve tentar, na medida do possível, integrar as diferentes abordagens especializadas e incompletas numa visão holística do ser humano e da realidade, enriquecendo assim a prática do AE e os seus resultados.

IMPORTÂNCIA DA FILOSOFIA

Atualmente não vivemos apenas um vazio existencial, pasto para todas as propostas possíveis, mas já uma des-humanização das diversas esferas que o homem é obrigado a frequentar no seu quotidiano.

A utilidade da Filosofia é evidente, e a sua falta revela-se no baixo grau de pensamento crítico da nossa sociedade. Os resultados escolares são medíocres, e a falta de competências de raciocínio e argumentação, por exemplo, sem falar da educação ética, é generalizada. 

Vários estudos e organizações levantam as suas vozes acerca do papel que a Filosofia deve desempenhar enquanto prevenção de uma série de situações e de males sociais. Independentemente das ideologias governativas, é urgente o ressurgimento e intervenção da Filosofia, do Aconselhamento Filosófico, da educação e sensibilização ética, do treino do raciocínio crítico e de todas aquelas áreas de atuação que desenvolvem as capacidades cognitivas e espirituais que permitem o humano no ser, um sentido da vida, a realização da pessoa...